domingo, 28 de setembro de 2008

icógnita!


Soltei as rédeas e passei a voar, me libertei das minhas grades pra me aprisionar no azul do céu.
Ainda que eu saiba que na verdade estou em queda livre, prefiro acreditar que posso voar. Prefiro imaginar que o vento que toca o meu rosto vem do horizonte.
Eu sei que posso, sei que posso acreditar. Quero ser a antítese do meu fracasso, quero ser a aversão do meu ante herói, quero treinar pra ser um sorriso. Cansei de ser lágrima.
Vou me embebedar nas chuvas de novembro, me afogar nas águas de março, mergulhar neste fluxo anárquico, me perder na correnteza desesperada no caminho de lugar nenhum. Quero treinar pra ser vida. Cansei de ser morte.
Quero que o sonho seja meu coma eterno, e que a queda seja no infinito. Que o rio seque e o fluxo das águas diminua gradativamente.
Quero ser um suspiro, quero ser o meu ultimo suspiro.
Quero treinar pra ser “Eu”! Cansei de ser outro!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Texto Esquisito!?!


Há algo esquisito aqui! Eu sei que tem! Apesar de ver o mundo deste ângulo, não consigo enxergar nada, e ainda assinto... Mas sei que tem algo estranho aqui.

Ás vezes eu me afogo em pensamentos inúteis, tentando me situar em um lugar que não me convém, e no final esse algo insiste em me seguir repetidamente e trava batalhas intensas comigo, na qual, nunca sei o resultado, mas de um jeito ou outro eu sempre perco.

Ainda há algo esquisito aqui... Vocês não perceberam? Os dias estão contínuos e contíguos, os ventos vêm e vão, as folhas cinzas caem das árvores consumidas de nossas necessidades (e idiotices), e assim caminharemos até que o nosso ego nos separem e nos mate!

Sim! Finalmente entendi! há algo errado neste lugar...
E este algo sou eu!

domingo, 7 de setembro de 2008

Muros e plataformas


Construí um mundo repleto de muros, no final das contas tudo que eu queria era me sentir seguro em algum lugar. Nunca consegui me encontrar em casa, sai por ai e não encontrei mais o caminho de volta, dentro dessas paredes eu não conseguia dizer que estava no meu lar.
Nunca me identifiquei em lugar algum, no entanto parei por aqui e me enraizei, me prendi, de um modo que eu não pudesse sair inteiro. Cerquei tudo ao meu redor e escrevi com letras grifadas “Me deixem só”, mas o fiz com letras pequenas e com muros baixos, fáceis de serem escalados e às vezes até derrubados com um pouco de esforço. Talvez o que eu queria mesmo é que todos viessem e o derrubassem, jogassem no chão e caminhassem até mim pra dizer... ’”‘Oi”? Talvez?
Às vezes as pessoas vinham mesmo, e até diziam mais do que oi, no entanto elas sempre iam embora, eu as mandava embora, as chutava pela mesma greta do muro que elas haviam entrado, e enfim caía. Em queda livre até o fim. Me dei conta que não havia sobrado tijolos para construir plataformas que minimizassem os danos da queda a qual eu era submetido, por isso pude inúmeras vezes sentir meu corpo flutuar, não me importava se eu estava caindo, gostava do vento tocando meu rosto me trazendo momentos (toc)...me trazendo lembranças.
A vida é feita de lembranças, odeio não poder negar isso (toc)...
Afinal de contas por que esta me perguntando essas coisas? Porque bibliografar alguém sem importância? (toc)...
Olha me perdoa, podemos conversar depois? Estão forçando o muro outra vez!
(Toc)
Ah, escreva ai, "se eu pudesse acabaria fazendo tudo de novo".
(toc)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Destroyer

Talvez eu seja um coelhinho num semáforo
de braços abertos esperando com que os carros venham e me dilacerem impiedosamente.
Ou talvez eu seja um cão doente,
numa sala de espera para ser sacrificado, brincando com meu dono achando que tudo está bem.
Então eu fecho meus olhos, esqueço de mim mesmo e tento dormir mais uma vez.


(Num dia desses, acordo no topo de um precipício...
E vejo pássaros me guiando para onde devo pular. Meus pés tremem.
E enquanto caio, vem algo em minha mente me mostrando como seria minha vida se eu conseguisse ser quem eu quero,
Mas está tudo em branco!
)

Então feche seus olhos,
Sinta com tua alma
Esqueça essa "realidade surreal" que vivemos e venha comigo!
Pule comigo! Vamos?!
Seja a minha destruidora e venha!

Ou apenas feche seus olhos e tente dormir, outra vez...