domingo, 7 de novembro de 2010

rs


Porque eu nunca recorro a ti quando estou bem? O desespero aproxima os crentes de deus, e a mim ao papel?
Mas quanta calúnia escrevo aqui, não há nem mesmo um papel aqui comigo. Poupo o sacrifício das árvores desse modo, blasfemo a honra de escritores de verdade de fronte para o monitor, com uma boa música nos ouvidos, um céu bonito (nublado) na janela e uma boa companhia.
Desta vez não falo de ti papel, meu companheiro nas horas de lágrima, faço de minha companhia belos sorrisos e belos momentos.
Não que as lágrimas tenham cessado, elas sempre voltam, pra regar meu jardim particular e fazer desabrochar rosas de mim.
E agora elas estão a desabrochar, e despertaram em mim um sorriso.
Fico breve quando sorrio, talvez por isso eu não recorra a ti.
Simplesmente acordei diferente, com a ligeira impressão que as coisas estão bem, por isso à pausa na demolição lexical.
Por isso as palavras vagas.
Por isso termino por aqui.
Por isso escrevi pra você, recorrendo a ti.