E me ferir parece funcionar, e vejo que não ha sentido nas frases, só teclas, e teclas, pressionadas, enquanto o ferro dourado, de cada pedaço de dor, entra em meus dedos, e os pedaços de mim começam a se juntar e a formar o que resta de nada.
E de repente eu noto que não tento desenhar o que meu espirito sente, nem mesmo colorir as marcas que me fizeram, tão pouco escrever o que eu acredito sentir. Somente faço de casa os dedos que ainda não foram coloridos, e abrigo os pedaços gelados de lanças que compõem o meu drama teatral . E no "p" firo meu anular direito, e no "q" firo meu anular esquerdo, e no cansaço, no fracasso, no desespero, bato a cabeça "gbbnavncr,tfcna" e meus olhos sangram.
E então eu releio, meses depois, num dia onde desesperadamente procurei uma frase nova, e acabei me encontrando num texto velho. Sem sangue nas mãos, sem lágrimas nos olhos.
Eu me releio, com um certo desdém, e torno a lamentar não ter encontrado nenhuma frase nova.
No dia em que eu tive 25 horas pra tentar.
E então eu releio, meses depois, num dia onde desesperadamente procurei uma frase nova, e acabei me encontrando num texto velho. Sem sangue nas mãos, sem lágrimas nos olhos.
Eu me releio, com um certo desdém, e torno a lamentar não ter encontrado nenhuma frase nova.
No dia em que eu tive 25 horas pra tentar.
Um comentário:
Acontece comigo também. As vezes acho algo já velho e guardado, me encontro lá...
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