O meu silêncio...
A metade do meu mundo em um cálice soturno
Mostra toda a destruição do que me restou de fato.
Mostra o fundo do fundo de um eterno vácuo
De uma mente que se esqueceu.
O teu silêncio...
A fala amputada de ti
Demonstra tua traquéia sangrando de tanto gritar de dentro da sua bolha ‘liberdade’
E tu finges não escutar.
O nosso dilema...
Uma peça teatral sem futuro, sem audiência.
Leva consigo o barulho ensurdecedor
Desse nosso insistente diálogo mudo
E leva-me a pensar como sou desprezível
Ao sempre me deitar no meu silêncio
Nesse vácuo
Na falta de coragem de te dizer
Adeus...
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