terça-feira, 7 de setembro de 2021

Pós Liberdade

Abre chave
Desce colchete
Sobe parêntese

A chave que abre o meu alter ego em um mar de desilusão.

O colchete que abre a minha falsa independência

O parênteses que abriga o meu coração.

Dentro do parênteses, à equações que sempre resultam em desarranjos de um fatorial de número negativo, calculando todas as variáveis do que assinto. Há uma multiplicação de conjuntos vazios

Há centenas de divisões por zero.

Os Colchetes, são como conchas que aquecem minh'alma,
Mas logo se esfriam com o o dissabor humano.

E me embriaga com essa falsa sensação de sanidade sentimental.

E as chaves?

Acredito que estão com você!

Que você me libertaria de mim mesmo.

Pois minha mente as perdeu quando eu dei o meu primeiro passo na minha pós liberdade,
me fixando na miragem de seus olhos.

Nestes minutos escrevendo, em que insisto em me perder!

E ao mesmo tempo me encontro,

Dentro de um colchete e outro vazios,

Dois parênteses em silêncio.


Desce parêntese;
Sobe colchete;
Fecha chave.