sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Go Kids (again!)


Têm uma menininha ali, que não pára de sorrir.
Não se importa com as coisas fúteis da vida.
Apenas fica ali tentando observar o sorriso nos olhos dos outros
- As ruínas de algo inexistente.
E nunca voltará a ser como antes.


Talvez um dia ela pare e viva a vida como nós vivemos.
E sinta o que sentimos.
E pense como nós.
Um olhar, um falso sorriso, mentiras e ganância.
Mas, sinceramente, queira Deus(!) que isso nunca aconteça...
Que isso não aconteça!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Super? Nada!


Revisitará o passado revestido por uma embalagem incômoda e ao mesmo tempo confortável, isso fará de você o Super Nada, o simples fato de ter de conviver em locais insuportáveis rodeado por todos os lados por Super Vilões, os que você mais teme e ao mesmo tempo mais tem vontade de ferir converterá sua pobre carcaça no mais tolo de todos os heróis.
Palavras da salvação?
Acho que não, talvez seja apenas a palavras da minha redenção. Sou um herói que fere todos os outros, tudo em prol do meu próprio orgulho, a única coisa que me importa é me sentir seguro e por isso eu faço isso.
Um herói sem causas? Não é pra tanto, a questão é que minhas causas não parecem ser justas e juro não saber o que fazer pra mudar isso.
Acho melhor desistir e deixar a criptonita, ou seja, lá qual seja o meu antídoto, destronar-me do meu posto de herói e deixar com que os super vilões reinem sobre minha carcaça.
Ninguém perde com isso, só eu!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

1


Eu já estava me esquecendo de quantos minutos tem uma hora, de quanto tempo o sol precisa para se por, de quantos dias é composto uma semana, de quantas semanas tem um mês.
É como se eu estivesse sempre contando as medidas temporais da minha vida e perdendo a conta instantaneamente. Vez por vez, sempre me perdendo em alguma decimal.
Eu acho que acabou.
Claro que só acabou por hora. Logo eu estarei de novo fazendo contas masoquistas, me esvaindo sem me sentir, me esfaqueando em troca de um pedaço de papel verde, mal impresso, provando que paguei caro pra receber muito pouco.
Talvez tudo na vida tenha um pouco disso. Só de pensar que há quem acredita em “troca equivalente’’.
Eu estou blindado por hora, tentando guardar minha bolha num local seguro, porque eu sei que logo voltarei a revê-la, e após entrar em seu ventre eu me jogarei num canto, e voltarei a contar, contar, contar, até que tudo acabe de novo, e assim eu possa começar uma nova conta, e em fim contar, contar, contar, até que o tempo não me importe mais. Até que ele não mais me envelheça.