sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sienita/O Telefone que Jamais Toca


Melancolia caindo por terra,
Desabando sobre seus ombros cansados.
Cansados de carregar o peso que já não existe,
O peso de você fingir não existir!

- Mas e agora que eu tentei e acreditei?
E só estou aqui esperando a hora da ultima nota de um violão desafinado acabar...

Quem atendeu o telefone?
O telefone que jamais toca!
Seu número está perdido em um passado qualquer de uma lembrança utópica.
Sua bateria está nos escombros de uma bolha de plástico, revestida de papel.
- Entretanto, tanto faz!
Não importa se as chamadas serão de socorro ou a cobrar!

Agora o declínio, que seus erros provocaram, começa a te cansar...
E tudo que te resta, é o que não lhe cabe mais.
- Vai ficar tudo bem, tudo bem!
Só me avise na última fração do segundo, quando resolveres acabar com sua própria vida,
Que eu continuarei à espera deste maldito telefone tocar.

Seu nome é Sienita.
E ela só tem Quatorze anos...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Perdido


Luzes brilhantes por toda parte...
Nessa cidade obscura e maquiada.
Eu não ligo se elas me fazem sentir mal,
Pois eu já sou o meu próprio mal.

Pegue seu tempo,
Não o perca me procurando
Pois eu nunca me perco
Mesmo já estando perdido.

Então continuo a caminhar
Vendo as folhas cinza caírem no chão,
De árvores tão secas e pálidas quanto eu
Talvez, um bom lugar para me perder...
Mas eu nunca me perco!
Apenas insisto em fingir que não...