terça-feira, 20 de julho de 2010

Abre Aspas

Entrego-lhe as pás que enterraram minha mente em tuas fictícias palavras.
Entrego-lhe também as pás que sepultaram meu coração num fundo falso qualquer, mais conhecido como solidão.
Abdico e lhe dou em mãos as pás que me desvencilharam de suas mãos e de teus sentimentos falsos, de plástico.

As pás que desenterraram dos escombros de dentro de mim homens embaçados assentimentais, vultos de ladies Oullets, odes para Joys,
lagartos-máquinas de deus, locotomias monocromáticas, formas falsas perdidas, Sienitas moto-locótomas, quatro passos sublimes.
Morfinas...
Dilemas...
Agonias...
Em fim, todos os meus outros dias em outras vidas.

E para você guardar todas essas pás e essas pilhérias, eu te deixo minhas aspas entre teus parênteses.
Guardado por teus colchetes
Trancados por tuas chaves
Com meu ponto final.









Fecha aspas.