segunda-feira, 20 de abril de 2009

Cc: Oullet


Eu não consigo entender como que, depois de tudo que eu não vivi, cheguei até aqui, e nem tenho a mínima ideia do caminho de volta. Sendo sincero, quero voltar sim, e ao mesmo tempo, não. Entretanto, como voltarei para algum lugar se nem sei de onde parti? Como saberei o que fazer se nem sei me ouvir?

Ah, Lady Oullet... Me escute! Por que eu não tenho mais tempo para mim - cansei de mim mesmo... Mas só quero que saibas que não estou perdido, mesmo depois deste tempo todo que tenho vivido - oh! Quero dizer, que tenho tentado provar que posso viver neste mundo - eu não tenho a mínima ideia de o que são esses sentimentos!
E mesmo assim, algo não me deixa viver sem eles.

Agora que a batalha começou e tudo parece estar perto do fim. Eu contra mim mesmo, o espaço vazio contra o vácuo, “desta vez a cruzada é para o bem”, façam suas apostas!
- Lady Oullet você está me ouvindo? Lady Oullet você pode me ouvir?
Minha voz está fraca, não consigo me expressar direito... Perdi o meu álibi todo naquela noite... Naquela noite em que você tentou me matar! O Júri está pronto pra me jogar pelos ares, o Juiz já me condenou desde o princípio do julgamento, minha defesa é baseada em fatos ludíbrios, e mesmo assim, a pseudo tese continua.
Agora me sinto trêmulo, não consigo mais me mexer, e sinto algo diferente em minha mente... Sinto algo em minha mente... É você?


- Estou tão vivo!

2 comentários:

Nayara .NY disse...

Somos nós mesmos...
Não me reconheço mais no espelho...
Foi você ou foram eles?
Desespero por não saber...
Por não reconhecer seus próprios inimigos, seus verdadeiros medos!

Fantástico!

Anônimo disse...

Inexistência de algo supremo em nós, dizendo sem dizer ou expressá-las por palavras. Muito criativo o texto. Depois peço que comentem em meu blog vc lembra de mim, eu não sei seu nome, eu vendia poesias no palácio das artes sou moreno se lembrar entre: www.arteliterariaecultura.blogspot.com Um abraço Marcos.