Talvez nossa maior pretensão seja justamente não ter pretensão alguma. Somos apenas pessoas que acreditam que certas coisas ainda não foram ditas, e mesmo não tendo o domínio delas, emprestamos nossas mentes pra que as palavras se divirtam, construindo e destruindo simultaneamente o castelo abstrato que resolvemos levantar! A casa é sua, o telhado é feito de palavras e vez ou outra elas costumam desabar sobre você!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Sienita/O Telefone que Jamais Toca
Melancolia caindo por terra,
Desabando sobre seus ombros cansados.
Cansados de carregar o peso que já não existe,
O peso de você fingir não existir!
- Mas e agora que eu tentei e acreditei?
E só estou aqui esperando a hora da ultima nota de um violão desafinado acabar...
Quem atendeu o telefone?
O telefone que jamais toca!
Seu número está perdido em um passado qualquer de uma lembrança utópica.
Sua bateria está nos escombros de uma bolha de plástico, revestida de papel.
- Entretanto, tanto faz!
Não importa se as chamadas serão de socorro ou a cobrar!
Agora o declínio, que seus erros provocaram, começa a te cansar...
E tudo que te resta, é o que não lhe cabe mais.
- Vai ficar tudo bem, tudo bem!
Só me avise na última fração do segundo, quando resolveres acabar com sua própria vida,
Que eu continuarei à espera deste maldito telefone tocar.
Seu nome é Sienita.
E ela só tem Quatorze anos...
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