sexta-feira, 4 de março de 2011

Sombrero


O meu silêncio...

A metade do meu mundo em um cálice soturno

Mostra toda a destruição do que me restou de fato.

Mostra o fundo do fundo de um eterno vácuo

De uma mente que se esqueceu.


O teu silêncio...

A fala amputada de ti

Demonstra tua traquéia sangrando de tanto gritar de dentro da sua bolha ‘liberdade’

E tu finges não escutar.


O nosso dilema...

Uma peça teatral sem futuro, sem audiência.

Leva consigo o barulho ensurdecedor

Desse nosso insistente diálogo mudo

E leva-me a pensar como sou desprezível

Ao sempre me deitar no meu silêncio

Nesse vácuo

Na falta de coragem de te dizer

Adeus...

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