Talvez nossa maior pretensão seja justamente não ter pretensão alguma. Somos apenas pessoas que acreditam que certas coisas ainda não foram ditas, e mesmo não tendo o domínio delas, emprestamos nossas mentes pra que as palavras se divirtam, construindo e destruindo simultaneamente o castelo abstrato que resolvemos levantar! A casa é sua, o telhado é feito de palavras e vez ou outra elas costumam desabar sobre você!
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
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Talvez eu escreva pra você hoje, pra relembrar a nossa mocidade. Trazer a nostalgia para o nosso pretérito imperfeito, e quem sabe reescrever o jornal de ontem.
Queria poder reconstruir o seu rosto com as minhas palavras, e com os a’s ilustrar a luz que via reluzir do seu sorriso. Com os e’s pensei em fazer com que seus olhos se voltem pra mim e quem sabe até me notem às vezes. Com os i’s eu os faria deitar, pra que você sonhe o que não envelheça. Com os o’s eu reforçaria sua buxexas, pra que você sempre pareça estar contente.
Com os u’s eu faria seu caminho de volta, e você me abandonaria, meu pretérito continuaria imperfeito e não haveria mais a’s pra iluminar.
Talvez eu só escreva pra mim, só pra mim.
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2 comentários:
Que a partir de amanhã vc já não se lembre mais dos pretéritos imperfeitos!
Ótimo texto!
Parabéns pelo blog!
Bjos
Interessante. Objetivos, sentimentos que nunca surgiram de fato. Gosto de ler estes textos do depósito, são muito criativos e nos faz pensar diferente, e a cada linha, nós nos inspiramos para mais um recomeço.
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